ST1 - 835 UM RIO DE JANEIRO PARA TODOS?

  • Julia Berezovoya Assis
Palavras-chave: megaeventos, metodologia, Rio de Janeiro, segregação

Resumo

Destacaremos nesse artigo os mecanismos de produção do espaço que levam ao seu controle, em especial, a segregação sócio-espacial. A questão que se coloca é: se há uma relação entre políticas públicas voltadas para a cidade e um novo processo de desenvolvimento urbano ou se a segregação sócio-espacial será mantida, numa lógica histórica de separação e controle das classes sociais pelo e no espaço. Partimos do princípio que o capital internacional e nacional historicamente se aliam ao Estado para planejar e gerir a cidade a partir de um viés de classe, promovendo e intensificando padrões de segregação, para ampliar lucros e o controle da população. O objetivo do artigo é problematizar alguns impactos desse modelo de gestão na distribuição das classes socais pela cidade e conceituar a segregação sócio-espacial, para auxiliar na avaliação das atuais políticas urbanas em relação a uma melhora das condições de urbanidade. Esse artigo está dividido em três partes: primeiro, apresenta definições para segregação e fragmentação sócio-espacial, em seguida analisa a evolução urbana do Rio de Janeiro a partir das características do desenvolvimento do capitalismo brasileiro, principalmente no seu aspecto segregador. Finalmente, apresenta uma breve revisão de metodologias de identificação dos processos e das consequências da segregação na cidade do Rio de Janeiro, para dar suporte a políticas públicas que não perpetuem essa prática, visando uma cidade que contemple a todos, uma vez que novos padrões de segregação são identificados na cidade.

Publicado
2018-09-27
Seção
Sessões Temáticas