SL - 22 MEGAEVENTOS E METRÓPOLES: PROJETOS EM DISPUTA

  • Glauco Bienenstein
  • Gilmar Mascarenhas
  • Fernanda Sánchez
  • Nelma Gusmão
  • Francisca Silvânia de Sousa Monte
  • Felipe Drago
Palavras-chave: Megaeventos, Metrópole, Processo urbano

Resumo

Os megaeventos esportivos constituem uma realidade, na pauta urbana contemporânea, repercutindo, sobremaneira, tanto na gestão quanto na produção das metrópoles mundo afora. Nesse sentido, constitui um importante elemento do atual processo urbano em curso, cujos destinos parecem estar consideravelmente vinculados à dinâmica da acumulação a qual, por sua vez, encontra-se predominantemente orientada pela financeirização globalizada. No caso brasileiro, desde que o País e, principalmente, a cidade do Rio de Janeiro conquistaram o direito de sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, muito tem sido escrito e discutido sobre o assunto. A esse respeito vale destacar o caso dos Jogos Pan-americanos de 2007, que foi um dos casos estudados por um grupo de pesquisadores brasileiros de diversas universidades, por intermédio de uma pesquisa de amplitude nacional intitulada: “Grandes projetos de desenvolvimento urbano: o que se pode aprender da experiência brasileira?”. Além de dar continuidade às pesquisas que vêm sendo realizadas, por um grupo ainda mais ampliado de pesquisadores e/ou professores que vêm trabalhando com a temática, esta proposta de realização de uma sessão livre sobre “Megaeventos Esportivos e as Metrópoles: projetos em disputa” tem como principal objetivo refletir sobre questões emergentes no atual contexto da dinâmica dos diversos processos de implementação das iniciativas vinculados tanto à Copa de 2014, nas cidades-sede, quanto às Olimpíadas, na cidade do Rio de Janeiro, marcados pela violenta territorialização dos projetos de cidade, suas dinâmicas e conflitos. Avalia-se que esta iniciativa se justifica, tendo em vista que o presente momento oferece um rico manancial de possibilidades de investigação, à medida que dele emergem novas questões, as quais, por sua vez, abrangem novas e dimensões que recolocam desafios teóricos e políticos à pesquisa sobre os megaeventos, aqui compreendidos como importantes elementos da agenda urbana atual. Assim sendo, parte-se do princípio de que desvelar e tratar dos conteúdos de tais questões encarna o desafio daqueles que se identificam com uma perspectiva crítica na análise do processo urbano contemporâneo, destes tempos de desmedida empresarial. Desse modo, esta proposta de sessão livre abarca quatro eixos de discussão. São eles: (1) Megaeventos e cidades: experiências e tendências contemporâneas – Londres e Rio de Janeiro; (2) Megaeventos e cidade: o projeto urbano e sua gramática territorial e simbólica; (3) Quem é quem na construção da Cidade Olímpica? Novas institucionalidades e novos sujeitos da coalizão do projeto de cidade e (4) Entre o poder e o querer: os movimentos sociais e suas lutas no processo de implementação de megaeventos. Tais eixos são abaixo indicados juntamente com seus respectivos expositores que representam coletivos sociais e científicos de cidades-sede de jogos da Copa de 2014, com especial atenção para o caso do Rio de Janeiro que, como é sabido, é palco de diversas intervenções voltadas à construção da “cidade olímpica”.

Publicado
2018-10-17
Seção
Sessão Livre