ST9 - 758 DAS MÁQUINAS AUTORITÁRIAS DE PLANEJAMENTO DO SÉCULO XX, ÀS MÁQUINAS DE CRESCIMENTO URBANO DO SÉCULO XXI: O CASO DO SUDESTE DO PARÁ
Resumo
Este artigo expõe como as práticas introduzidas no âmbito dos “Grandes Projetos”, implantados na Amazônia Oriental em meados do século XX, foram determinadas por concepções de planejamento regional, e brevemente complementadas por concepções de urbanismo nas cidades já existentes à época, até o recuo dos investimentos federais após a crise do petróleo. Busca-se a compreensão de como a evolução dessas práticas resultou na criação de cidades novas e expansão das existentes, e na constituição de uma nova elite privada composta por pecuaristas, comerciantes e proprietários fundiários, que hoje atua na estruturação e expansão dessas cidades por meio da formalização de um setor imobiliário, baseado nas concepções do urbanismo contemporâneo, alinhadas com dinâmicas capitalistas globais. No presente, observa-se que tais ações mantém a diretriz de domínio e exploração da natureza introduzida pelo Governo Militar, agravadas pelos interesses do capital global, em que pese a discussão atual sobre novos paradigmas de sustentabilidade, e a relevância da Amazônia para esse debate, e das cidades para a preservação desse bioma.