ST8 - 134 VALORAÇÃO DE CONJUNTOS RESIDENCIAIS: IMPASSES DE PLANEJAMENTO URBANO E TOMBAMENTO

  • Flávia Brito do Nascimento
Palavras-chave: conjuntos residenciais, patrimônio cultural, planejamento urbano

Resumo

O presente artigo trata da ampliação dos conceitos de patrimônio cultural e do patrimônio a salvaguardar com a inclusão de programas diversos como os conjuntos residenciais modernos e como as esferas locais de preservação vem atuando, seja por meio do tombamento seja por meio dos planos diretores. Discute a preservação de exemplares em Belo Horizonte e Porto Alegre – Conjuntos Residenciais de Lagoinha e Passo d’Areia – apresentando e problematizando a trajetória de atuação dos poderes municipais a partir de instrumentos oriundos do planejamento urbano na luta pela preservação destes conjuntos residenciais. Na ampliação da atribuição de valor e da patrimonialização no Brasil os órgãos municipais de preservação vem cumprindo papel decisivo. Evocando valores locais e memoriais os municípios agem com menos comprometimento com a ortodoxia do patrimônio nacional. A pouca proteção aos conjuntos residenciais modernos no Brasil dão conta da trajetória própria do patrimônio cultural e são eloquentes dos impasses conceituais e metodológicos de consideração de objetos materiais fora do escopo estabelecido como digno de proteção legal, quais sejam, aqueles que remontam ao grupo fundador do Iphan. Por vias que se enraízam na longa e não linear duração do tempo das políticas patrimoniais os exemplares de habitação social moderna despertaram interesse ocasional junto aos saberes técnicos ou eruditos, embora tenham sentidos memoriais para muitos dos moradores que neles enxergam trajetórias próprias e históricas.

Publicado
2018-10-11
Seção
Sessões Temáticas