ST7 - 1119 MORAR NAS REGIÕES METROPOLITANAS PAULISTAS: UMA ANÁLISE SOBRE A EVOLUÇÃO DAS FORMAS DE HABITAR

  • Henrique Frey
Palavras-chave: urbanização, dinâmica imobiliária, políticas públicas de habitação

Resumo

As mudanças pelas quais o mercado de habitação brasileiro passou no início do século XXI foram aclamadas positivamente por vários setores da sociedade, com a retomada do crescimento da construção civil e a consequente aceleração da atividade econômica no setor. Para isso houve uma diversificação e facilitação do financiamento imobiliário, guiadas principalmente pelo governo federal, que visaram o acesso à casa própria por parte de uma parcela maior da população. No entanto, os efeitos das recentes políticas de habitação ainda não são claros, e o argumentamos em dois sentidos: nos efeitos da aquisição da moradia em si e na mobilidade urbana. De um lado, a variação positiva do preço dos bens imobiliários e da terra foi generalizada, o que ocorreu em taxas de crescimento superiores as de salários, principalmente nas grandes cidades e metrópoles brasileiras. Ademais, com exceção dos dados oficiais sobre os números de financiamentos, ainda pouco se sabe acerca das mudanças quantitativas sob a forma de habitar. Por outro lado, a questão da mobilidade urbana ganha centralidade a partir da complexificação dos deslocamentos populacionais contemporâneos. Nesse sentido, este trabalho analisa a relação entre moradia e deslocamento pendular, observando as transformações da dimensão do habitar no espaço metropolitano. Para tanto utilizamos os dados dos Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010, nos centrando nos quesitos de mobilidade e habitação. Analisamos os dados de três diferentes regiões metropolitanas localizadas no Estado de São Paulo (Campinas, São Paulo e Baixada Santista) comparando as dinâmicas da sede e do entorno.

Publicado
2018-10-11
Seção
Sessões Temáticas