ST1 - 565 DOS COQUEIROSÀS CASAS, DAS CASAS ÀS TORRES: O 3º JARDIM NO PROCESSO HISTÓRICO DE VERTICALIZAÇÃO DO BAIRRO DE BOA VIAGEM – O QUE DEVE PERMANECER?

  • Rafaella Brandão Estevão de Souza da Rocha
Palavras-chave: Boa Viagem, verticalização, permanências

Resumo

Desde o início de sua ocupação, o bairro de Boa Viagem foi associado a valores simbólicos de modernidade, progresso, status e sucesso social. Primeiramente exclusividade da elite, o bairro incorporou também os anseios simbólicos da classe média recifense. Assim, o alvo da classe média e média alta para imóveis residenciais permanece em Boa Viagem, e o ponto-virtual de adensamento-verticalidade parece não ter sido atingido: os promotores imobiliários continuam lançando novos imóveis no bairro. Em busca de área construída, estes promotores imobiliários realizaram as primeiras demolições de residências unifamiliares para construir edificações multifamiliares. Hoje, as demolições não se restringem a residências unifamiliares, mas atingem as edificações multifamiliares de pequeno e médio porte que “cedem” lugar as novas “torres” e “arranha-céus” multifamiliares. Diante dessa invasiva verticalização, duas necessidades são suscitadas: a primeira delas refere-se a necessidade de discussão arquitetônica e urbanística - dentre as edificações “descartadas”, o que deve permanecer? A segunda refere-se a percepção da necessidade de criar instrumentos urbanísticos legais que suscitem meios de garantir a permanência desta arquitetura, não apenas pelo seu valor histórico, simbólico e sentimental, mas porque ainda possui valor de uso e sua requalificação pode responder as demandas do mercado com um bom desempenho.

Publicado
2018-09-27
Seção
Sessões Temáticas