ST6 - 348 LUTAS POR TERRA E LUTAS POR TERRITÓRIO: FRONTEIRAS E PASSAGENS NAS CIÊNCIAS SOCIAIS BRASILEIRAS

  • André Dumans Guedes
Palavras-chave: campesinato, indígenas, fronteira, movimentos sociais

Resumo

A partir dos anos 90, e de forma cada vez mais intensa nos últimos anos, cientistas sociais vêm concedendo atenção às chamadas “comunidades tradicionais”, destacando em especial as formas por via das quais tais grupos vêm se constituindo: através de “lutas por território”, onde o que está em jogo é a reivindicação perante o Estado por uma demarcação coletiva de suas “terras tradicionalmente ocupadas”. Tais reivindicações têm se destacado, além do mais e segundo certos autores, pela criação de constrangimentos e limites às “novas fronteiras de acumulação”. É tendo em vista a análise destes processos, bem como a sua correlação com lutas e conflitos que, frequentemente nas mesmas áreas, assumiram outros formatos no passado, que buscamos aqui realizar uma leitura de certos aspectos da obra do sociólogo José de Souza Martins. Privilegiamos então seu debate com o trabalho dos antropólogos Otávio Velho e Roberto Cardoso de Oliveira, para discutirmos rapidamente tópicos como a) a relação entre a “fronteira” e o “campesinato” na Amazônia Oriental, a partir dos anos 60; e b) as semelhanças e diferenças nas formas pelas quais camponeses e indígenas são então afetados pelo avanço da “sociedade nacional” e/ou de suas “frentes pioneiras”.

Publicado
2018-10-09
Seção
Sessões Temáticas