ST6 - 120 CONURBAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE

  • Décio Rigatti
Palavras-chave: conurbação, regiões metropolitanas, região metropolitana de Porto Alegre, morfologia urbana

Resumo

Uma das principais características de regiões metropolitanas é o crescimento dos tecidos urbanos pertencentes às diversas municipalidades que compõem a região e a tendência à conurbação, a qual pode ser desigual, pode apresentar diferentes ritmos de crescimento, peculiaridades morfológicas e diferentes tipos de restrições no processo. Cada parte deste sistema metropolitano, que originalmente podia ser constituído por unidades relativamente isoladas, lentamente tende a conectar-se, produzindo uma unidade espacial de escala e complexidade distinta da inicial onde o conjunto, e não apenas as partes constitutivas, segue uma nova lógica. Em termos morfológicos, quando a conurbação entre as partes é forte, as características morfológicas medidas para o conjunto tendem a ser mais robustas do que quando consideradas isoladamente. Esta propriedade pode medida pelo Índice de Conurbação (Rigatti, 2009), o qual compara as características morfológicas das partes consideradas com as características morfológicas apresentadas pelo conjunto avaliado – a estrutura emergente. O presente trabalho introduz um modelo teórico, a partir do qual são avaliadas as modificações das medidas morfológicas à medida que os tecidos urbanos penetram uns nos outros. Empiricamente, foram examinados dezoito pares de municípios contíguos na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA, além de quarto sistemas maiores, formados por três ou mais municípios contíguos, também da RMPA. Posteriormente, a mesma metodologia utilizada para produzir o modelo teórico foi aplicada para dois grupos de municípios que apresentam características morfológicas distintas. Os resultados obtidos até agora sugerem que uma conurbação depende essencialmente de como se apresentam as ligações entre os tecidos urbanos considerados.

Publicado
2018-10-09
Seção
Sessões Temáticas