ST1 - 405 RIO NA REDE: PACIFICAÇÃO E EXPROPRIAÇÃO NO JOGO OLÍMPICO
Resumo
O título desse artigo está associado à percepção que considera o importante papel das redes na atualidade. Nelas podemos observar diferentes modalidades de comunicação, mediadas por tecnologias que transformam as estratégias de acumulação de capital e de dominação política. O presente texto tem por objetivo revelar a rede sociotéecnica que associa corporações, governos locais, empresas capitalistas, agencias de turismo, organizações sociais que tem por objeto ação concepção , formulação e produção de megaeventos, como os Jogos Olímpicos na cidade do Rio de Janeiro. O nosso objetivo aqui é revelar como se realiza essa associação de atores, em nível global para examinar as formas particulares de expropriação no contexto da globalização. O artigo busca, exatamente, revelar como essa rede sociotecnica se forma, como ela atua na formulação de diferentes processos e quais são os resultados de sua ação. Metodologicamente é realizada uma pesquisa para:
- Identificar e mapear a estratégia, a política da rede organizada em torno dos Jogos Olímpicos na cidade do Rio Janeiro;
- Montar um quebra-cabeça do mapa do mega plano, onde deverá se representar a localização dos equipamentos para a realização dos jogos, a remoção de comunidades e a implementação da política de segurança da publica;
- Examinar seus efeitos sobre o mercado imobiliário;
- Analisar os resultados sobre a vida cotidiana para os habitantes da cidade .
Os resultados alcançados com a pesquisa revelam as de formas complexas de expropriação sendo o objeto do desejo de natureza simbólica ao associadas ao entretenimento. A rede atua numa mesma totalidade que condensa interesses econômicos e políticos, tem uma ação singular e plural ao mesmo tempo. O processo de expropriação atua sobre a sociedade como um todo, mescla, investimentos de governos locais e acumulação de elites globais os resultados podem ser lidos na elevação do preço da terra, na remoção da população pobre para longínquas periferias, e na transformação do Rio em cidade para ricos.
