ST4 - 763 RESILIÊNCIA E CAPACIDADE ADAPTATIVA: RECURSOS PARA A SUSTENTABILIDADE DE CIDADES E COMUNIDADES
Resumo
O termo resiliência vem sendo usado na literatura sobre cidades com frequência, inicialmente associado à capacidade de uma cidade de permanecer funcionando, após enfrentar desastres como enchentes, inundações, enxurradas, deslizamentos, terremotos, nevascas, etc., com padrões similares aos que apresentava anteriormente e dentro do menor espaço de tempo. No entanto, mais recentemente, este termo tem sido associado ao planejamento de cidades sustentáveis. O relatório “Povos Resilientes Planeta Resiliente: Um Futuro Digno de Escolha” (ONU, 2012), ao trazer o termo no título, evidencia o uso de forma ampliada, tanto para os seres humanos como as localidades em que vivem. Portanto, o que essa agenda traz de novo é que as incertezas e os riscos deveriam assumir um lugar privilegiado no planejamento. Para uma cidade tornar-se sustentável, deve ser resiliente, o que significa desenvolver capacidades adaptativas, outro termo que também vem tomando relevância nos debates acadêmicos. Resiliência pode ser entendida como um processo que aglutina capacidades adaptativas para seu funcionamento e adaptação depois de um distúrbio. Esses conceitos assumem relevância em cidades com alto nível de crescimento e adensamento, em espaços geográficos com risco de desastres naturais, pela suscetibilidade decorrente de suas características fisiográficas ou pela vulnerabilidade, decorrente de questões socioeconômicas e ambientais. É o caso de Recife, situada em uma planície fluvio marinha, ao nível do mar ou abaixo do mesmo, sujeita a alagamentos. Esse artigo pretende trazer uma discussão sobre os conceitos de resiliência, vulnerabilidade, capacidade adaptativa, e maladaptação de forma a contribuir para o planejamento e construção de cidades sustentáveis.
