ST3 - 966 URBANIZAÇÃO E OS CIRCUITOS ESPACIAIS PRODUTIVOS DA SAÚDE
Resumo
O hospital e os circuitos espaciais de produção correspondem a fixos e sistemas de fluxos da saúde. Fixos especializados no cuidado da saúde, de modo geral, orientados por meio de uma medicina cirúrgica e medicamentosa no trato dos corpos. E fluxos materiais e virtuais de ordens, normas, fluxos monetários, bens de produção, produtos médicos, diagnósticos, enfim fluxos relacionados à saúde, cujos volumes são capazes de contribuição sensível nas dinâmicas do urbano e de uma constante transformação nos espaços das cidades para acolher hospitais, laboratórios além de indústrias, comércio e cias de crédito especializadas e, fundamentalmente, fluxos gerados por um comportamento social no entendimento que vem sendo construído nas últimas décadas sobre a doença e a cura desenvolvidos pela chamada medicina científica. As consequências, começamos a perceber desde sete ou oito décadas em países de industrialização mais antiga, e no Brasil estamos conhecendo melhor os efeitos dessa medicina com mudanças expressivas nas taxas demográficas de mortalidade, longevidade, e as diferentes expressões que toma a cura das diferentes enfermidades, juridicamente definidas e resguardadas. Todas essas relações produzem parte significativa do que se entende por urbano, assim como o papel da cidade, de história muito anterior, como o lócus do trato à saúde. Isso mobiliza, em parte, o que chamamos de refuncionalizações do espaço, reestruturação da cidade e reestruturações urbanas.