ST2 - 1135 ECOLIMITES E GESTÃO DAS DESCONTINUIDADES INTERNAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

  • Ana Brasil Machado
Palavras-chave: ecolimites, crescimento urbano, descontinuidades

Resumo

A gestão do crescimento urbano extensivo foi, historicamente, objeto de inúmeras intervenções governamentais que se traduziram em instrumentos de política urbana. Em certos casos, estes instrumentos assumiram a forma de delimitadores físicos, reforçando ou criando diferenciações internas e externas à cidade. Em pelo menos três momentos ao longo dos anos 2000, na cidade do Rio de Janeiro, a noção de ecolimites foi convocada como um instrumento para a gestão do crescimento urbano interno à cidade. Tratava-se de delimitadores físicos que deveriam estar situados no contato entre favelas e áreas de preservação ambiental. De um ponto de vista geográfico interessa investigar como são produzidos, material e simbolicamente, estes limites e as descontinuidades nas cidades e quais são as categorias espaciais mobilizadas nas políticas de contenção do crescimento urbano e como se constroem suas interfaces. Analisada como um processo, a política dos ecolimites mobiliza variadas categorias espaciais segundo os diferentes agentes, documentos e momentos considerados nesta pesquisa e se constitui como um mecanismo de fazer e desfazer interfaces.

Publicado
2018-10-03
Seção
Sessões Temáticas