ST2 - 176 CAPITAL FICTÍCIO E URBANIZAÇÃO: DA (IN)COERÊNCIA IMPOSTA PELA GESTÃO TERRITORIAL À ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
Resumo
Este trabalho objetiva compreender especificamente o urbano, nas condições das relações capitalistas contemporâneas, em que a forma fictícia do capital ganha relevância e materializa-se no território da cidade de Brasília. Nesse âmbito, o processo de urbanização tanto produz uma expectativa de valorização para diversas frações do capital, como sofre influência em sua organização pela presença dos capitais, especialmente a da forma fictícia do capital. A compreensão da teoria do valor marxiana possibilita pensar as coisas do mundo no espaço e, por conseguinte refletir geograficamente. Isso porque persiste(m) o(s) desconhecimento(s) tanto no processo intrínseco ao Capitalismo quanto nas formas e conteúdos inerentes às variadas territorialidades concernentes ao(s) e nos movimento(s) constituintes da vida. As interações entre a forma fictícia do capital e o uso do território urbanizado, sob as políticas urbanas constroem metodologicamente nossa argumentação. Especialmente como essas políticas são influenciadas pelo capital fictício na organização do espaço das cidades. Aos gestores urbanos é quase imposto à necessidade de tornar as cidades atrativas aos fluxos de capital. Tal imposição implica em proporcionar um ambiente específico tanto para os grandes negócios financeiros quanto para as diversas frações de classes. Isso resulta quase sempre na redução em nosso direito de decidir o território que queremos.