GT7 - 833 NADA SE PERDE TUDO SE CONSOME: DEVASTAÇÃO DA FLORESTA TROPICAL DE MINAS GERAIS NO SÉCULO XX

  • Haruf Salmen Espindola
  • Júlio César Pires Pereira de Morais
  • Barbara Parreiras de Aquino
Palavras-chave: DEVASTAÇÃO, Usinas Metalúrgicas, Siderúrgica, rio Doce, Minas Gerais

Resumo

O presente estudo busca reconstruir algumas práticas sociais referentes à comercialização dos recursos florestais no Vale do Rio Doce, na primeira metade do século XX, e sua relação com o processo de legitimação de terras devolutas da região. Através desse exercício de reconstrução das práticas sociais frente à exploração e comercialização da mata podemos perceber como a legislação agrária mineira interferiu na forma da ocupação das terras. Entre 1930 e 1960, o Vale do Rio Doce vivenciou o seu maior crescimento econômico e adensamento populacional. Foram várias e de grande impacto as transformações ocorridas durante esses trinta anos. A constituição da propriedade privada foi o mecanismo legal utilizado para garantir as distintas finalidades do uso do solo e exploração dos recursos florestais. Se para posseiros de pequenas glebas a mata e a terra tinham valor de uso, para outros atores tratava de valor mercantil. Estão presentes várias categorias sociais com interesses distintos e, em certa medida, antagônicos. A análise dos processos de compra de terras devolutas permite perceber os distintos interesses presentes no território.

Biografia do Autor

Haruf Salmen Espindola

Doutor em História pela USP; Professor Titular da Universidade Vale do Rio Doce, vinculado ao Curso de História; Coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Gestão Integrada do Território.

Publicado
2019-01-22
Seção
Sessões Temáticas