GT4 - 856 DES-ORDEM URBANA E MOVIMENTOS SOCIAIS: O MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM-TETO (MTST) E SUAS TÁTICAS EM RECIFE/PE

  • Otávio Augusto Alves dos Santos

Resumo

Em escritos anteriores, vimos tentando demonstrar a importância que alguns movimentos sociais possuem na definição e organização dos arranjos espaciais urbanos. Neste escrito, em especial, procuramos fazer uma reflexão a cerca do ordenamento territorial urbano de nossas cidades, tentando demonstrar a importância que alguns movimentos sociais urbanos, alguns dos quais enquanto desordens geopoliticamente não-funcionais à ordem capitalista, possuem na mudança estrutural dos arranjos espaciais e dos mecanismos de ordenação. Procuramos realizar tal reflexão, dessa forma, a partir da atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST/PE) na cidade do Recife.
Analisamos, então, em que medida esse movimento promove mudanças na ordem vigente, levando-se em consideração as especificidades dos lugares onde atua e, também, as possibilidades de materialização de um espaço socialmente mais justo, mesmo diante do fortalecimento das relações de produção capitalista trazidos pelo então regime de acumulação pós-fordista.
Primeiramente, tentamos fazer uma sucinta exposição do significado do termo ordenamento territorial urbano, procurando definir os conceitos que o compõe e o que ele significa diante do contexto histórico-geográfico capitalista, mas procurando atender, na teorização, as adequações reclamadas pelo objeto em questão. Já na segunda parte procuramos analisar de maneira lacônica a condição urbana recifense no intuito de subsidiar a análise feita na terceira parte, onde nos debruçamos de maneira mais enfática sobre o nosso objeto, o MTST/PE.

Publicado
2018-11-26
Seção
Sessões Temáticas