GT4 - 827 COOPERATIVISMO E DESENVOLVIMENTO LOCAL: ANÁLISE DA COOPERATIVA AGRÍCOLA DOS PRODUTORES DE MANDIOCA DE SÃO FELIPE/BA

  • GILVANIA NUNES CHAVES
  • ROCIO CASTRO KUSTNER

Resumo

O debate acerca da construção de um novo modelo de desenvolvimento está em destaque na agenda de pesquisadores, acadêmicos, políticos e representantes de organizações não-governamentais (ONGs) em virtude da extrema necessidade de estratégias promotoras de qualidade de vida, a exemplo da concepção de desenvolvimento local. Essa alternativa surge como instrumento viável para atender às demandas sociais de grande parcela da população, já que tem como pressuposto a valorização das potencialidades e especificidades locais, com ênfase na participação social.
É notório que a intensificação do processo de mundialização da economia vem estimulando a concorrência entre os produtos e, consequentemente, agravando a situação social e econômica de grande parcela da população. Tratando-se dos pequenos produtores agrícolas, as dificuldades se acentuam constantemente, conduzindo-os à busca de novas estratégias de inserção de seus produtos no mercado. Nesse contexto, dentre os mecanismos de desenvolvimento local, o cooperativismo se revela como uma ferramenta fundamental, posto que objetiva, de forma organizada e coletiva, aglutinar pessoas que almejam conquistar espaços dentro da economia global, nacional, regional e local.
O cooperativismo se apresenta como um instrumento que se contrapõe aos efeitos do capitalismo e objetiva um desenvolvimento mais justo e humano. Surge em 1844, na Inglaterra, e vem se expandindo por todo o mundo. No Brasil, a primeira experiência cooperativista aconteceu em 1891, no estado de São Paulo, e, atualmente, é uma prática presente nos 26 estados brasileiros e no distrito federal. Nessa perspectiva, é importante mencionar que a distribuição de unidades cooperativas pelo território nacional reproduz as desigualdades socioeconômicas historicamente engendradas no país.

Publicado
2018-11-26
Seção
Sessões Temáticas