GT3 - 334 CIDADES IDEAIS E TERRITÓRIOS IMAGINÁRIOS: METRÓPOLES DE PAPEL E DE CELULÓIDE NO CONTEXTO DAS VANGUARDAS

  • Denise Lezo

Resumo

Nas primeiras décadas do século XX, em um contexto cultural caracterizado por experimentações, redefinições e rupturas, no qual se desenvolveram as chamadas Vanguardas Artísticas, arquitetos e urbanistas dedicavam-se à proposição de novas formas arquitetônicas, urbanas e territoriais, capazes de responder às demandas impostas pelos processos de modernização. Estes projetos, que atuavam em planos muitas vezes destacados de condicionantes físicas específicas, estabeleciam diálogos significativos com diversas expressões criativas, como a literatura, a pintura, a escultura, o teatro e o cinema. Este último, ainda em um momento de definições de suas próprias linguagens, mostrava-se como um espaço de experimentações conceituais e imagéticas, ao mesmo tempo em que configurava uma possibilidade de comunicação direta com as massas. Assim, foram criadas, naquele contexto, cidades cinematográficas que configuraram espaços de problematização e articulação de idéias, incorporando aspectos tanto das metrópoles industriais do início do século XX como das propostas arquitetônicas e urbanísticas desenvolvidas naquele período, estabelecendo uma forma de sinergia entre o plano da elaboração artística erudita e o novo meio de comunicação de massas.

Publicado
2018-11-25
Seção
Sessões Temáticas