GT2 - 909 AS FACES DO PLANEJAMENTO URBANO (METROPOLITANO) E O PAPEL DO ESTADO-PLANEJADOR: ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A IMPLANTAÇÃO DE GRANDES PROJETOS URBANOS E O CONTEXTO DE SEUS IMPACTOS DERIVADOS

  • Patrícia Silva Gomes
  • Fernanda Silva Gomes

Resumo

O texto parte do contexto mais amplo das mudanças estruturais político-econômicas, culturais e sociais em curso que deram origem ao regime de acumulação flexível e vêm resultando em várias conseqüências para a organização do espaço urbano-metropolitano atual; para tratar, de forma mais específica, o contexto das novas dinâmicas em direção às áreas de fronteiras metropolitanas que passam a ser alvo da implantação de projetos de grande envergadura, de um lado, alinhados à própria atuação do Estado-planejador como fomentador e articulador do processo de desenvolvimento de “novas localizações” muitas vezes apoiadas em empreendimentos âncoras; e de outro, pelo capital imobiliário que consegue captar muito rapidamente as demandas por novos “produtos urbanísticos” advindos dos deslocamentos espaciais de seguimentos populacionais em direção a essas áreas e também das exigências por novos espaços em consonância as necessidades do capital globalizado. O resultado desse processo tem sido uma rápida alteração da paisagem metropolitana nas periferias, estruturando novas centralidades que abrem espaço para compreender a totalidade metropolitana numa relação muito mais complexa.

Desse modo, decisões que são tomadas no nível da estratégia (espaço abstrato, concebido), geralmente numa escala ampliada, notadamente regional, que é, por excelência a escala de trabalho dos economistas, resultam numa série de conseqüências para o cotidiano dos moradores (espaço vivido), o que requer que as decisões de planejamento sejam transescalares.

Publicado
2018-11-25
Seção
Sessões Temáticas