GT1 - 649 O ZONEAMENTO ECOLOGICO ECONOMICO ENQUANTO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO AMBIENTAL QUE ANTECEDE O PLANEJAMENTO URBANO

  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MARCO AURELIO GATTAMORTA
  • SERGIO BERNARDES DA SILVA

Resumo

Planejamento territorial no Brasil é algo relativamente novo e ainda hoje, bastante relacionado com a execução dos planos diretores. Planejar, sob este aspecto, significa planejar o crescimento das cidades, ainda que sob um forte conteúdo ideológico, daí a relativização quanto ao tema. Para Villaça (1999:224), “entre 1940 e 1990 – o
planejamento urbano brasileiro encarnado na ideia de plano diretor não atingiu minimamente os objetivos a que se propôs.”
De caráter essencialmente agrário até os anos 50, o Brasil passaria por um surto de urbanização e industrialização, decorrentes da expansão da indústria fordista no mundo inteiro. Países como o Brasil, à época, viviam uma intensa industrialização e estruturação do espaço nacional, muito por conta da recomendação da CEPAL, Comissão Econômica para a América Latina, criada em 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas), que tinha por objetivo diagnosticar as causas do atraso econômico nos países latino-americanos. A industrialização teria sido a alternativa proposta de forma unânime para a aceleração do desenvolvimento.
Neste contexto, ao Estado, caberia a implantação de infraestrutura e legislação que viabilizasse a industrialização, assim, o processo de rodoviarização brasileira seria levado a cabo nas décadas de 60, 70 e 80, e as indústrias automobilísticas implantadas, ainda durante o governo de Juscelino Kubitschek (1955 a 1961) que, sob o slogan “50 anos em 5” implementaria o “Plano de Metas para o Brasil”. Tratava-se da substituição de um modelo agroexportador para o modelo industrial em associação com o capital estrangeiro: eram as multinacionais fordistas aterrissando no Brasil.

Publicado
2018-11-24
Seção
Sessões Temáticas