GT1 - 476 PARÂMETROS PARA A ANÁLISE COMPARATIVA DE EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS DE GOVERNANÇA METROPOLITANA

  • Klaus Frey
  • Zanei Ramos Barcellos

Resumo

Os conflitos, de acordo com Blatter (2006), que até o início dos anos 1990 davam-se entre os regionalistas e os localistas, e entre os defensores da centralização/consolidação e os da descentralização/fragmentação, passaram a enfocar novas tendências de reescalonamento da regulação política e da governança, ou rumando a níveis institucionais superiores (como no caso do aumento dos poderes por parte da União Europeia) ou produzindo novas tendências simultaneamente centralizadoras e descentralizadoras. Os conflitos também migraram do governo de pequena escala versus governo de grande escala para governança de poucas ou muitas escalas, incitando discussões sobre a governança multinível ou multilevel governance (BENZ, 2007; MITCHELLWEAVER, MILLER, & DEAL, 2000) e incluindo questionamentos sobre se seu escopo funcional deve ser amplo ou restrito. Não obstante tendências para escalas maiores ou menores, há certo consenso entre os pesquisadores de que as instituições clássicas de governo das cidades e Estados-nação não desaparecem, porém, segundo Blatter (2006), são complementadas por novas escalas de regulamentação e de governança.
As mudanças no rumo das discussões acadêmicas sobre a questão metropolitana e as diferentes visões e tendências dos estudos fazem emergir novos parâmetros para a análise de governança, enquanto os parâmetros consolidados até então são questionados. Estes parâmetros refletem o enfoque pelo qual cada pesquisador aborda o assunto e contempla de forma particular as realidades estudadas.

Publicado
2018-11-24
Seção
Sessões Temáticas