ST 6 A dimensão afetiva na experiência do espaço urbano: investigações metodológicas
Natan Franciel Arend
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Andrea da Costa Braga
PROPUR/UFRGS
Resumo
Este artigo faz parte da construção do saber metodológico sobre as formas de capturar a dimensão afetiva do espaço urbano através da experiência, tema de minha dissertação, que se justifica pela urgência posta ao campo do Planejamento Urbano em atualizar suas práticas a fim de melhor articular a cidade construída (pausada no ritmo das construções) e as pessoas (avançando em velocidade vertiginosa), desenvolvendo estratégias que venham a englobar a questão da experiência como instrumento na ampliação da potência do espaço, promovendo elos afetivos entre as pessoas e o lugar, bem como promover uma “consciência urbana” como ação política embutida na própria experiência. O objetivo do artigo é fazer uma revisão bibliográfica sobre a descrição do fenômeno do movimento de corpos no espaço urbano. A meta é relacionar alguns conceitos depreendidos de autores que trabalhem dentro do escopo teórico metodológico de Sintaxe Espacial com os escritos sobre a teoria da deriva como método desenvolvida pelo grupo Internacional Situacionista (1958). A hipótese formulada é de que as estruturas topológicas que emergem das representações das derivas detém uma lógica espacial que pode ser comparada à estrutura de integração / segregação espacial ou de acessibilidade relativa da configuração espacial que podem ser capturadas através da metodologia da sintaxe espacial. Desta forma, seria possível identificar alguns padrões que informam relações afetivas desenvolvidas entre as pessoas e o lugar, através de processos exploratórios e subjetivos no movimento dos corpos na cidade, a fim de clarificar a questão da experiência no espaço urbano.