ST 5 MODELO DE DESEMPENHO SOCIOESPACIAL PARA O SISTEMA DE MOBILIDADE URBANA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO aplicabilidade das análises espaciais e estatísticas para gestão municipal dos transportes

  • Maíra Pinheiro Luiz Soares Escola Nacional de Ciências Estatísticas
  • Joao Vitor Meirelles de Miranda Universidade de São Paulo
  • João Grand Junior Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

As transformações urbanas em curso na cidade do Rio de Janeiro orientadas, sobretudo, pela realização de megaeventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 têm levantado novos questionamentos sobre uma possível acentuação das assimetrias territoriais na cidade, o que poderia comprometer as perspectivas futuras de um desenvolvimento socioeconômico mais igualitário e ambientalmente equilibrado. No plano da mobilidade urbana, inúmeros estudos têm apontado para a perda substancial das condições de fluidez na cidade, impactando diretamente sobre a qualidade de vida da população e sobre a capacidade produtiva dos trabalhadores. De acordo com os dados do Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a metrópole do Rio de Janeiro lidera as estatísticas de pessoas que demoram mais de uma hora para realizar o deslocamento diário casa-trabalho: 28,26% da população (IBGE 2010). Em estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a metrópole carioca ocupa o segundo lugar nacional em média de minutos de deslocamento (42,6 minutos por habitante), atrás apenas da Região Metropolitana de São Paulo, com 42,8 minutos (IPEA, 2013). Já no ranking de congestionamentos diários em vias urbanas do Instituto TomTom Internacional B.V., o Rio de Janeiro aparece em primeiro lugar com um nível de congestionamento das vias não expressas de 53% e das vias expressas de 44% (TomTom International B.V., 2014).
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas