ST 7 PMCMV EM MATO GROSSO: VELHO MODELO, NOVAS PERIFERIAS

  • Andrea Figueiredo Arruda Canavarros UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

Resumo

No Brasil, o problema da habitação aparece com o processo de industrialização e urbanização, no final do século XIX e princípio do século XX. Acreditando que a moradia da classe trabalhadora1 se relacionava com a promiscuidade, a falta de asseio e moral e, consequentemente, com a saúde pública, as ações do Estado brasileiro, até os anos 1930, se deram pelo viés higienista, restringiam-se ao controle e inspeções sanitárias, na fixação do aparato regulador que, primeiramente, apenas delimitava o lugar dos pobres na cidade, depois, dá embasamento para o debate em torno de um novo desenho para a casa do trabalhador urbano2 (BONDUKI, 2004; CARPINTÉRO, 1997). Nos anos seguintes, as prerrogativas de modernização das cidades, associadas às estratégias de industrialização do País no governo Vargas, vão impulsionar as primeiras iniciativas públicas de provisão habitacional, quando o Estado passa a promover, com fundos públicos, a construção da habitação para a classe trabalhadora. Primeiro, em 1938, com a criação dos Institutos de Aposentaria e Previdência e, posteriormente, em 1946, com a criação da Fundação da Casa Popular.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas