ST 6 AGRESTES E DESAGRESTES: O MAPEAMENTO CULTURAL EM PERSPECTIVA

  • Juliana Michaello Macêdo Dias UFAL
  • Walcler de Lima Mendes Junior Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL

Resumo

Uma discussão sobre os processos de construção das identidades regionais no(s) nordeste(s) costuma apoiar-se numa disputa pela hegemonia discursiva oscilando entre duas construções: a “verdadeira identidade nordestina” ora é buscada nos discursos que remontam ao período colonial - na Casa-Grande e Senzala da Zona da Mata, mas igualmente nas vilas e cidades, no barroco das Igrejas de Pernambuco e da Bahia, nos doces e nas procissões -, ora é afirmada na figura do sertanejo – “antes de tudo um forte”, o retirante, a terra rachada, a Asa Branca e o canto do Acauã (por onde quiçá ressoam ecos da SUDENE de Celso Furtado). Outros nordestes se constituem contemporaneamente - o Nordeste da praia paradisíaca alvo dos empreendimentos turísticos, o Nordeste das carnavalizações -, mas no âmbito institucional percebe-se pouca atuação na identificação e salvaguarda do patrimônio cultural presente numa mesorregião que se constrói identitariamente como 'lugar de passagem', 'entreposto', 'elo de ligação' entre essas duas construções hegemônicas: o Agreste.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas