ST 8 CAMPO DE SANTANA: NO SÉCULO XXI COMO NO SÉCULO XVIII De volta à condição de refúgio dos excluídos

  • Claudia Brack Duarte UFRJ FAU PROURB

Resumo

A preservação e a manutenção de parques históricos na cidade contemporânea é o pano de fundo da pesquisa realizada no âmbito do Mestrado Profissional em Arquitetura Paisagística (UFRJ), que deu origem a este trabalho. O Campo de Santana, também conhecido como Praça da República, é um dos parques históricos mais importantes da cidade do Rio de Janeiro e do país, e encontra-se em mau estado de conservação e sem plano de gestão. Localizado na região central da cidade, o Campo de Santana é a maior área verde do bairro com área aproximada de 125 mil m². Parque público projetado pelo paisagista francês Auguste François-Marie Glaziou em 1873, foi inaugurado em 1880 pelo Imperador D. Pedro II. Pretendemos abordar neste artigo aspectos relativos à grande população de excluídos que, historicamente, ocupa aquela região da cidade. O tombamento do parque pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - INEPAC (1968) e mais recentemente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN (2012) tornou o Estado “gestor de um interesse público indeclinável” (Castro, 1991). O tombamento propõe reconhecimento de um valor cultural, mas acarreta deveres para com o patrimônio. “Está aí o preceito básico que irá direcionar o principal efeito jurídico do tombamento – a obrigação de conservar a coisa tombada” (Castro, 1991).
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas