ST 7 INSERÇÃO URBANA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL NO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA: desafios e limites na escala da Metrópole

  • ALEXSANDRO FERREIRA CARDOSO DA SILVA Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • MARIA DULCE PICANÇO BENTES SOBRINHA Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Glenda Dantas Ferreira Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo

Entre os diversos desafios postos aos pesquisadores na compreensão da atual Política Habitacional no Brasil encontra-se o debate sobre as ferramentas teóricas dispostas à interpretação do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e as consequências da inserção urbana dos empreendimentos nos municípios. Aos esforços acadêmicos em mensurar as dimensões qualitativas e quantitativas do Programa, somase a necessidade de avaliação do contexto político, econômico e social gerador das especificidades da atual Política Habitacional brasileira. Perguntas não faltam: mais do mesmo? Padrões de espacialidade inovadores ou excludentes? Segregação tradicional ou “nova” segregação? Entre outras. Ainda mais difícil pensar sobre tais temas quando a própria ideia de um referencial teórico e metodológico unificado, em auxílio a esta tarefa, está cada vez mais distante, em parte pela crescente diversidade de métodos e técnicas de análise e, por outro lado, pela ausência de correntes acadêmicas dominantes. Entretanto, talvez ai resida a oportunidade aberta pelo PMCMV como uma “janela” sobre o quadro social de modo ampliado, permitindo aos pesquisadores diferentes olhares sobre a mesma realidade, acionando com isso chaves interpretativas diferentes. Em outro sentido, há riscos associados com a perda de conteúdo conceitual imposto pela pressa ou urgência em explicar um fenômeno – neste caso, a Política Habitacional contemporânea versus o contexto político-econômico nacional – levantando seus principais problemas e, ao mesmo tempo, avaliando se o quadro teórico existente é suficiente para tal tarefa.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas