ST 7 A Arquitetura in-disposição: os arquitetos e as ocupações urbanas da RMBH
Tiago Castelo Branco Lourenço
Escola de Arquitetura da UFMG e Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Resumo
A presença dos arquitetos nas ocupações urbanas tem sido importante dentro da
luta política das ocupações urbanas da RMBH, Região Metropolitana de Belo Horizonte. As
ocupações urbanas Dandara, Eliana Silva e Emanuel Guarani Kaiowá1, são os três estudos de
caso que fundamentam as reflexões deste artigo2. O alinhamento deste profissional junto com
os moradores e movimentos sociais tem se apresentado como um argumento técnico que
trabalha a partir da perspectiva contra hegemônica, conferindo uma força para a resistência que
o discurso político por si só não consegue se contrapor:
Porque o arquiteto é isso. O fato de um movimento falar que aquele
espaço não é precário é uma coisa. O argumento de autoridade técnica,
teórica de um arquiteto é outra. Ele mostrar que é outra coisa, já é uma
disputa política de primeira ordem. Teve esse aporte de criar outro
terreno de disputa para as ocupações que não tinha chegado antes de ter
esse aporte do grupo de arquitetos.