Guilherme Marinho de Miranda
Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC-UFMG)
Resumo
Com o propósito de transformar as cidades e os modos de produção do espaço
contemporâneo, alguns arquitetos e urbanistas optam por sair de seus quadrados em busca de
outros campos de conhecimento, elegendo como destino a antropologia e a geografia,
especialmente. De quando em vez encontramos um urbanólogo empenhado em “realizar uma
etnografia” ou “fazer uma cartografia”, convencidos de que a inovação passa pela via da
integração das práticas de campo. No entanto, poucos são os estudos interdisciplinares que
alcançam uma reflexão crítica sobre os desafios metodológicos próprios ao diálogo entre
esses saberes. No trânsito desconfortável por territórios estrangeiros, mesclam-se desejos,
equívocos e insights de quem se aventura para além das fronteiras científicas, ávido de novos
modos de saber, impávido de viver a diversidade contemporânea dos mundos. Mas, afinal,
como afinar a compreensão sobre nosso habitat através da aproximação entre o urbanismo, a
antropologia e a geografia?