ST 6 REDES, RUAS E DIREITO A CIDADE: COLETIVOS CULTURAIS EM SÃO PAULO E BOGOTÁ

  • Aluízio Marino UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC - UFABC
  • Silvia Helena Facciolla Passarelli UFABC

Resumo

Na última década os coletivos culturais se consolidaram como um movimento social presente em muitas cidades latino-americanas. Em sua grande maioria são grupos formados por jovens residentes em regiões periféricas, que desenvolvem ações independentes e sem personalidade jurídica. Neste artigo exploramos a forma como esses movimentos se organizam e a sua relação com o território, para tanto, a metodologia de análise contempla entrevistas, experiências, vivências e um intercâmbio cultural. A primeira parte do artigo faz um esforço para ilustrar a forma como esses movimentos se organizam, utilizando-se da teoria do “ator rede”, de Bruno Latour (2012), como fio condutor. Termo que sintetiza dois conceitos na intenção de proporcionar análises que considerem, ao mesmo tempo, o “ator e a rede a qual está incrustrado” (LATOUR, 2012, p. 245), característica que explica a existência do hífen. Tal análise conjunta (do ator e da rede) se justifica pela necessidade de compreensão das múltiplas conexões sociais e “não sociais” que influenciam diretamente a formatação e a ação dos mais diferentes tipos de associações/coletivos presentes naquilo que Latour chama de “mundo exterior”.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas