ST 4 Forma Urbana e Qualidade do Ar: o caso do Rio de Janeiro
Juliana Lúcio Motta Maia
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro - FAU/UFRJ
Vinicius de Moraes Netto
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal Fluminense
José Francisco de Oliveira Júnior
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Givanildo Gois
Universidade Federal Rual do Rio de Janeiro
Resumo
Considerando a importância das cidades como fontes emissoras de poluentes atmosféricos e centros de grande aglutinação populacional, o trabalho investiga possíveis impactos de aspectos da forma urbana nas concentrações de poluentes. Sabendo-se que esta é uma área ainda incipiente dos estudos urbanos, a pesquisa buscou uma abordagem panorâmica do problema que pudesse indicar o potencial do campo e abrir novas discussões através de uma revisão teórica e um estudo de caso na cidade do Rio de Janeiro (CRJ). A investigação discute o estado da arte sobre as interações entre a poluição, elementos naturais e condições climáticas e a literatura que aborda as interações entre a qualidade do ar e indicadores da forma urbana. Também revisa indicadores de estudos morfológicos no que se refere a sua precisão de análise da tridimensionalidade da forma urbana e aponta a taxa de ocupação como fator de interesse para a investigação. Aproxima-se então do objeto de estudo e expõe, de maneira crítica, o tratamento da questão da qualidade do ar na Cidade do Rio de Janeiro (CRJ). O artigo sugere uma forma de modelagem e avaliação dessas relações, e apresenta, por fim, um estudo de caso na cidade do Rio de Janeiro, envolvendo métodos estatísticos aplicados a poluentes (SO2, CO e PI), variáveis morfológicas (taxa de ocupação e percentagem de verticalização) e meteorológicas (vento – direção e velocidade -, precipitação pluvial e temperatura do ar). Os resultados apontam a relevância e graus de influência das variáveis taxa de ocupação e verticalização na concentração dos poluentes considerados.