ST 7 Desigualdades Habitacionais no “Repovoamento” das Áreas Centrais de São Paulo
Anderson Kazuo Nakano
Centro Universitário Belas Artes
Resumo
A despeito de alertas, reivindicações e ações políticas dos movimentos populares,
de urbanistas e das organizações sociais feitos desde a década de 1990, o “repovoamento” das
áreas centrais do Município de São Paulo ocorreu sem que houvesse a indução de políticas
urbanas e habitacionais baseadas na inclusão social e territorial e na efetivação do direito à
cidade das populações mais pobres. Por isso, os grupos sociais de menor renda que, muitas
vezes, sobrevivem imersos na pobreza e em diversas situações de vulnerabilidade social,
urbanística, econômica e ambiental, não puderam contar com acessos a moradias adequadas
em quantidade suficiente nas porções centrais e intermediárias da cidade de São Paulo, onde
estão as áreas com maior oferta de oportunidades de trabalho e melhor provisão de serviços,
equipamentos e infraestruturas urbanas.