ST 5 ANÁLISE CONFIGURACIONAL DO AMBIENTE CONSTRUÍDO: LOTES, EDIFÍCIOS E USO DO SOLO
Lucas Figueiredo de Medeiros
PPGAU - Universidade Federal da Paraíba
Claudia Ortiz-Chao
Universidad Anáhuac Querétaro
Resumo
Modelos de análise configuracional desenvolvidos na década de 80 e 90 (Hillier e
Hanson, 1984; Hillier et al., 1993; Hillier, 1996) introduziram representações detalhadas de
redes de ruas e espaços abertos. Embora tais modelos tenham demonstrado que a
configuração de ruas e espaços abertos produz efeitos importantes, outras propriedades do
ambiente construído também têm um papel a cumprir. Quanto maior a densidade de uma rede,
mais desenvolvida ela tende a ser (Kansky, 1963). Em cidades, permeabilidade combinada
com quadras menores resultam no fato de que é possível alcançar mais unidades como lotes
ou edifícios em distâncias mais curtas (Jacobs, 1961; Peponis et al., 2008). Ao mesmo tempo,
lotes grandes em quadras pequenas talvez cancelem esse efeito. Ou seja, o tamanho dos lotes
é importante também. De fato, a maneira pela qual quadras e lotes evoluem ao longo do
tempo, sendo remembrados ou desmembrados, é previsível a partir de suas localizações,
formas e tamanhos iniciais (Siksna, 1998). Ou seja, outras propriedades do ambiente
construído talvez afetem a vida nas cidades, mas há pouco conhecimento sobre seus efeitos
combinados (Netto et al, 2012).