O termo “sustentabilidade urbana”, que é usado indistintamente ao termo
”desenvolvimento sustentável urbano”, tem suas origens atreladas ao surgimento do termo
“desenvolvimento sustentável”, usado pela primeira vez para determinar o “desenvolvimento
que satisfaz as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades" (Brundtland, 1987, p. 45).
O referencial teórico para o desenvolvimento sustentável vem sendo trabalhado
desde a 1972, quando ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano, em Estocolmo. Esta conferência criou recomendações que levaram a criação do
Programa Ambiental da Organização das Nações Unidas – UNEP e de agências nacionais de
proteção ambiental que promovem o desenvolvimento sustentável, identificam prioridades de
conservação ambiental e políticas públicas a serem trabalhadas (Drexhage e Murphy, 2010).
O desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade, como definição, ainda são
termos em atualização e que possuem uma série de definições e justaposições na literatura,
sendo que o mesmo ocorre quando a cidade é envolvida. Uma forma de distingui-los é pensar
a sustentabilidade como um estado desejável ou um conjunto de condições favoráveis que
persiste ao longo do tempo; enquanto o desenvolvimento sustentável implica um processo
para que a sustentabilidade possa ser alcançada (Maclaren, 1996). Apesar de o relatório
Brundtland (1987) incluir um capítulo sobre a sustentabilidade urbana, Cardoso e Ventura
Neto (2013) avaliam que, apenas na HABITAT II, houve efetividade na incorporação do tema
ao desenvolvimento sustentável.