ST 6 CASAS RIBEIRINHAS: ACONCHEGO NOS BRAÇOS DO RIO
Laelia Regina Batista Nogueira
Universidade Federal Fluminense
Resumo
Quando se navega pelos rios da Amazônia, ao longo de sua margem percebe-se uma
singela quebra com a imensidão da floresta que nos cerca. Esse sutil ponto colorido é a indicação
de que ali habita uma vida.
O presente artigo busca fazer uma apresentação do interior das casas ribeirinhas, e o
morar de seus habitantes. Aqui passaremos pelo interior das casas de tipologia palafítica que
existem as margens do rio Solimões, e no rio Negro. Neste caso, foram visitadas casas no
município do Careiro da Várzea, na comunidade do Miracauera, a mais ou menos uma hora e
meia da cidade de Manaus, e comunidades como São Sebastião, Nova Esperança e Pagodão, no
rio Cuieras, afluente do rio Negro, também a mais ou menos uma hora e meia de Manaus,
caminhos percorridos pelos rios de transporte fluvial.
A intenção desse artigo não é meramente a análise dessas habitações, mas compreender a
sua domesticidade através do design e da arquitetura vernacular desenvolvido na região, pelos
próprios moradores. Como vernacular podemos compreender como aquela construção que está
relacionada aos costumes e tradições de um lugar, bem como sua economia e os materiais
tradicionais encontrados na região.