ST 4 MODO DE VIVER RIBEIRINHO NA ILHA DO COMBU EM BELÉMPARÁ: organização sócio-produtiva
Sônia Socorro Miranda Batista
Secretaria Executiva de Educação do Estado do Pará
Flávia Ferreira Gomes
Secretaria Executiva de Educação do Estado do Pará
Resumo
Na configuração do espaço amazônico há a uma amplitude da questão urbana que não
deve ser negligenciada: a intersecção
complexa entre o rural e o urbano, entre a cidade que
controla a produção material e, consequentemente, superpõe-se e o rural derivado com suas
lógicas subordinadas, subjetividades, temporalidades (SANTOS;1994;CARNEIRO,1998).
Essa dualidade enseja na Amazônia um desafio às ciências sociais, pois está para além da
distinção entre categorias operatórias, mas ao contrário deve incorporar análises e dinâmicas
para entender a realidade. No estado do Pará é possível, nas grandes e médias cidades, o
encontro dessas duas expressões, consequentemente, ao mesmo tempo em que se detectam
extensões da ruralidade no espaço urbano, este também, sofre inevitavelmente,
conforme nos
alerta Carneiro (1998)
a
constituição de,
“novas formas de sociabilidade e de relações sociais sustentadas numa complexa rede
de atores sociais que não pode mais ser compreendida pura e simplesmente como um
processo de urbanização que se encaminharia na direção da homogeneização espacial
e social entre o campo e a cidade”.
Sucintamente, podemos dizer que são forjados lugares de intercomunicação, nem
sempre suscetível e privilegiada, mas sobremaneira perseguida pela coexistência de
populações de base tradicionais nas ilhas que circundam Belém capital do estado do Pará.