A busca por pesquisas análogas me levou ao trabalho de Elisangela Person (2006)
que foi realizado com objetivo de detectar características que definem o espaço urbano como
sendo de permanência (áreas de convívio) ou de passagem (áreas de circulação), por entender
que há nele uma importante conclusão:
Os espaços de permanência se dão tanto de forma pontual, ou seja, em
lugares pré-estabelecidos para o lazer e a convivência das pessoas (praças,
parques, bosques), como de forma linear, em calçadas e ruas, em decorrência
desses serem ambientalmente adequados à permanência das pessoas.
(Person, 2006, p. 127)
Mais do que questionar a noção de lugares “pré-estabelecidos”, destaco que
interessa para este ensaio a noção ampla de espaço público no sentido em que esse pode ser
percebido de maneira distinta pelas pessoas e utilizado por elas para as mais diversas
finalidades, tal como sugere a conclusão de Person no que diz respeito à permanência de
pessoas em supostos lugares de passagem.