ST 3 As centralidades periféricas como contraponto à “cidade investimento”

  • Paula Custódio de Oliveira Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

Resumo

Vivemos um paradoxo que, se de um lado contamos com uma estrutura legal, que contempla conquistas sociais das últimas décadas, da Constituição, ao Estatuto da Cidade e a normativa deles decorrente, como planos urbanos e habitacionais generosos, o que se observa na realidade é a ampliação da mercantilização dos espaços urbanos. Consolida-se uma cidade segmentada e excludente. Parece-nos que é o momento de voltar a discutir ações concretas do Estado, intervenções de menor porte e distribuídas em rede, que articulem recursos próprios constitucionalmente preconizados como educação e saúde na formatação de Projetos Urbanos de Interesse Social, como contraponto a um contexto que vem tornando a cidade um investimento e ampliando as desigualdades territoriais. Nessa perspectiva, a política de fomentar a presença do Estado como marco visível na criação de centralidades e polos estruturadores desse tecido desarticulado periférico é um resgate que deve ser feito, destacando-se aqui a implantação dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), como forte elemento de reflexão.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas