ST 1 Paraguai, desenvolvimento e Indústria Maquiladora de Exportação
VIVIAN COSTA BRITO
Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB)
Ivo Marcos Theis
Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB)
Gilberto Friedenreich dos Santos
Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB)
Resumo
Os países da América Latina têm características bastante análogas em seu processo de formação socioespacial, assim estudá-los constitui um grande aporte para área do Planejamento Urbano e Regional. No caso do Paraguai existem singularidades que o diferencia dos demais países. A estrutura das Missões Jesuíticas, seu isolamento espacial e territorial e a política autárquica das ditaduras após independência da Espanha. Um modelo de desenvolvimento autônomo numa perspectiva desde a América Latina, interrompido com as Guerras da Tríplice Aliança e a do Chaco nos séculos XIX e XX, com mudanças na sua estrutura espacial, política, social e econômica. Fora do modelo de minifúndio para o latifúndio. E submeteu-se aos ditames econômicos do imperialismo britânico e posteriormente ao imperialismo estadunidense. Assim, perpassou o Paraguai até chegar ao século XXI, uma economia dependente, como nos demais países Latino-americanos. Nos anos 2000 cria a Lei de Maquila 1.064/97, um modelo de industrialização via maquiladoras de exportação (IME) para inserir-se no comércio mundial global. Entender essa dinâmica socioespacial é uma importante lacuna a ser preenchida em função de seus possíveis efeitos regional. Para captar essa mudança, este estudo procura relacionar as singularidades do processo de formação socioespacial do Paraguai com o seu desenvolvimento, e o modelo de industrialização via IME, baseado no conceito de formação socioespacial de Milton Santos. Entende-se que até a adoção das IME o Paraguai não tinha consolidado o período técnico-científico-informacional. Destarte, carecem as preocupações quanto aos efeitos da industrialização por IME para o Paraguai e para a América Latina.