ST 1 TRANSFORMAÇÕES RECENTES NA DINÂMICA URBANA DA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL

  • Angela Lúcia de Araújo Ferreira Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Maria do Livramento M. Clementino-UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Resumo

Os processos de reestruturação produtiva e a busca de inserção na economia globalizada implicam em absorção de novos padrões de produtividade e de competitividade, trazendo consigo grandes e generalizadas transformações, não somente nas Grandes cidades e áreas metropolitanas. Ao mesmo tempo em que assumem importância estratégica para o desenvolvimento de estados menos dinâmicos economicamente, que também são impactados por essas mudanças, terminam por gerar aprofundamento das desigualdades sociais, da pobreza e dos riscos de intensificação dos processos de exclusão social nas diferentes escalas territoriais. Nessas articulações econômicas e espaciais, os centros intermediários também ganharam espaço. Ao considerar o processo da metropolização brasileira e tomando Natal como uma “aglomeração urbana não metropolizada”, pode-se dizer que os efeitos daí decorrentes ocorreram localmente em menor grau e intensidade. No entanto, internamente e em relação às particularidades de cada processo, os impactos podem corresponder às dinâmicas urbanas e reconfigurações territoriais diferenciadas. Dessa forma, o trabalho tem por objetivo compreender as dinâmicas urbanas recentes – período entre 1980 e 2010 – da Região Metropolitana de Natal (RMN), no contexto das transformações macroeconômicas e sociais, articulando dinâmicas locais a esses macro contextos. O momento estudado ganha especial relevância por apresentar mudanças sociais importantes no curso de crescimento econômico que havia se (re)iniciado no começo dos anos de 1990, no Brasil. Mudanças podem ser verificadas sob diversas óticas. O estudo privilegiou aquelas consideradas capazes de avançar a análise na formulação conceitual da “metrópole brasileira”, constituída pelas condições econômicas, sociais e geográficas concretas que presidiram o desenvolvimento do “capitalismo periférico e associado”(Ribeiro, 2013).
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas