ST 3 Hidromegalópole São Paulo – Rio de Janeiro: uma nova dinâmica regional?
Roberto Luiz do Carmo
Universidade Estadual de Campinas
Tathiane Mayumi Anazawa
Universidade Estadual de Campinas
Resumo
A crise hídrica dos anos de 2013 a 2015 forçou a realização de uma transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Represa Jaguari) para a Bacia Piracicaba-Capivari-Jundiaí (Represa Atibainha). Essa interconexão hídrica gerou, na prática, a constituição da Hidromegalópole São Paulo-Rio de Janeiro. Nessa nova espacialidade estão combinadas dinâmicas sociais, econômicas e políticas, envolvendo espaços ambientais e administrativos heterogêneos e de diversas instâncias, como estados, regiões metropolitanas e municípios. Destaca-se que considerar a Hidromegalópole significa compreender a diversidade das demandas de água existentes, conforme apresentado nesse texto, considerando que a transposição pode significar a diminuição da disponibilidade em situações críticas de sazonalidade. Ou como resultado de eventos climáticos extremos. Nesse novo contexto o planejamento das ações vai exigir um grau muito mais elevado de complexidade. Nesse sentido, o combate às perdas de água, que são de no mínimo de 20%, mas que podem chegar a 75% em alguns municípios, devem ser controladas. Sob risco de afetar toda a Hidromegalópole, com seus mais de 45 milhões de habitantes e responsável pela metade do PIB do Brasil.