ST 2 A RELAÇÃO ENTRE MORADORES E O PODER PÚBLICO NO PROGRAMA DE MACRODRENAGEM DA BACIA DA ESTRADA NOVA EM BELÉM
Edivania Santos Alves
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Resumo
Santa Maria de Belém do Grão Pará, fundada em 12 de janeiro de 1616, materializou
o esforço da Coroa portuguesa visando consolidar seu domínio por meio da ocupação e
expansão do território amazônico. Próxima de completar quatrocentos anos vivencia desafios
e dilemas como outras cidades brasileiras. Contudo, guarda peculiaridades geofísicas por
possuir “uma extensa rede de igarapés que drena a cidade e também permite a livre
penetração das águas do rio Guamá1 e do estuário Guajará, devido ao efeito das marés,
causando o alagamento das áreas que se situam abaixo da cota de 3 metros – as denominadas
baixadas.”2, agregada à “condição de alta pluviosidade local, que ... contribui para o
agravamento do problema de drenagem.”. (Braz, 2006, p.48).
Belém é uma cidade de rios urbanos, composta por treze bacias hidrográficas, entre as
quais se destaca a Bacia Hidrográfica da Estrada Nova que possui uma área de drenagem de
9,54 km², ocupando 16% de área da malha urbana do Município de Belém, abrangendo
integralmente os bairros da Cremação, Condor, Jurunas e Guamá e parcialmente os bairros de
São Brás, Nazaré e Cidade Velha e compreende os canais da Caripunas, Timbiras, Quintino,
Dr. Moraes, 14 de Março, 3 de Maio, João de Deus, Radional I e II, Bom Jardim, Euclides da
Cunha e Bernardo Sayão.