ST 7 DAQUI NÃO SAIO, DAQUI NINGUÉM ME TIRA: TRAJETÓRIA DE RESISTÊNCIAS DO GRANDE PIRAMBU, FORTALEZA (CE)
AMIRIA BEZERRA BRASIL
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Emanuel Ramos Cavalcanti
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Resumo
Esse artigo é resultado do diálogo entre as reflexões desenvolvidas pelos dois
autores individualmente em seus projetos de tese, tendo ambos a cidade de Fortaleza como
recorte espacial. Um dos autores já desenvolve tese acerca das Zonas Especiais de Interesse
Social (ZEIS) e o outro desenvolveu um projeto de tese, ainda com seleção em curso, sobre as
formas de intervenção do poder público e do mercado imobiliário em áreas da cidade com
grande concentração de vazios urbanos – periferias industriais – oriundos de processos de
desindustrialização/desconcentração industrial. Entretanto, há uma temática em comum que
permeia as duas reflexões, dando origem a esse artigo que é a produção capitalista das
cidades, em especial no Brasil, e o lugar das populações afetadas e de suas demandas nesse
processo.
Dessa forma, começamos a observar os movimentos de resistências das
populações afetadas por intervenções urbanas de grande porte, que não consideram suas
demandas, e consideramos um caso importante para a compreensão da problemática dentro do
nosso recorte espacial: o Grande Pirambu1 (Figura 1).