ST 9 A METRÓPOLE NOS TRILHOS: OS (DES) CAMINHOS DO PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE SÃO PAULO
Eudes Leopoldo
LERGEO/USP
Resumo
São Paulo entra no ano de 2015 com um novo Plano Diretor Estratégico – PDE,
cuja justificativa é a própria instrumentalização do espaço via ordenamento territorial
esculpido na letra da lei. A difícil transição da letra morta à letra viva conduz à uma aplicação
reduzida da norma dirigida na dinâmica concreta de São Paulo, no sentido de ordenar o
espaço da metrópole de fato e não apenas de direito. Ou melhor, nos termos do PDE, trata-se
do espaço da cidade, visto que há uma redução conceitual no tratamento da ideia (de
metrópole à cidade). Sem dúvida, São Paulo é uma cidade, mas uma cidade de segundo nível,
isto é, uma metrópole. Tratá-la apenas como cidade não permite traduzi-la como centralidade
potencializada, que superou seus limites administrativos, constituindo seu domínio no
comando de uma região. Assim, estamos diante de uma dupla redução: uma redução prática e
uma redução teórica.