ST 6 A HABITAÇÃO COMO OBJETO DE CONSUMO À LUZ DA PUBLICIDADE DOS RESIDENCIAIS ALPHAVILLE - SÃO PAULO
Hanna Lima da C.F de Melo
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Resumo
Clássico (repleto de bancas de jornal e parquinhos de balanço) e futurista (há anúncios
holográficos que saltam na calçada e dos quais todo mundo se desvia), Flowerville é um
megacondomínio de classe média alta, caro, seguro, asséptico e, sobretudo, artificial.
Concebido e erguido para atender a ambição de uma obra do urbanismo pós-moderno, com
função de gerar um novo modo de viver, Flowerville almeja ser a (re) criação de uma cidade
perfeita, sem o dito caos e desordem das cidades reais. Lá, o idioma oficial é o inglês – of
course, assim como os hábitos dos seus moradores, fiéis seguidores do parâmetro do way of
life típico dos vizinhos norte-americanos. Sua arquitetura, além de definir fisicamente o
condomínio, certifica-se da manutenção da segurança dos insiders e da distância que estes
devem manter dos outsiders, denominados no livro como os “moradores da cidade”.