ST 6 A HABITAÇÃO COMO OBJETO DE CONSUMO À LUZ DA PUBLICIDADE DOS RESIDENCIAIS ALPHAVILLE - SÃO PAULO

  • Hanna Lima da C.F de Melo Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Resumo

Clássico (repleto de bancas de jornal e parquinhos de balanço) e futurista (há anúncios holográficos que saltam na calçada e dos quais todo mundo se desvia), Flowerville é um megacondomínio de classe média alta, caro, seguro, asséptico e, sobretudo, artificial. Concebido e erguido para atender a ambição de uma obra do urbanismo pós-moderno, com função de gerar um novo modo de viver, Flowerville almeja ser a (re) criação de uma cidade perfeita, sem o dito caos e desordem das cidades reais. Lá, o idioma oficial é o inglês – of course, assim como os hábitos dos seus moradores, fiéis seguidores do parâmetro do way of life típico dos vizinhos norte-americanos. Sua arquitetura, além de definir fisicamente o condomínio, certifica-se da manutenção da segurança dos insiders e da distância que estes devem manter dos outsiders, denominados no livro como os “moradores da cidade”.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas