ST 10 Regimes Urbanos e Governança Democrática: abordagens sobre o Poder na Cidade

  • ALEXSANDRO FERREIRA CARDOSO DA SILVA Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Maria do Livramento Miranda Clementino Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Lindijane de Souza Bento Almeida UFRN

Resumo

O problema central do presente artigo é estabelecer uma linha teórica que, ao mesmo tempo, separe e articule os elementos constituintes dos Regimes Urbanos e da Governança Urbana. O objetivo é (1) superar os problemas de “nacionalização” dos modelos originais dos Regimes norte americanos, agora adaptados ao contexto brasileiro, e (2) ajustar ao modo de Governança Colaborativa parte das análises sobre o governo, propostas ao enfrentamento dos problemas urbanos e metropolitanos. Como pressuposto, colocamos à pesquisa inicial a dificuldade de transposição da Teoria dos Regimes Urbanos – conforme a literatura anglo-saxã – devido as diferenças históricas da Cultura Política presente nos dois países. Uma possível chave de ajuste será buscada na Governança Colaborativa, como uma forma de gestão dos problemas e da solução dos conflitos. A diferença fundamental desta para os Regimes Urbanos é a crença na produção do equilíbrio entre os interessados (stakeholders), equilíbrio esse guiado por uma liderança “de boa fé”, centrada na dimensão pública e com capacidade de coordenação dos conflitos. O problema do modelo é a ausência de interesses egoísticos. Desse modo, é possível tal adaptação e conciliação teórica? Para tanto, apresentamos uma breve análise teórica dos regimes urbanos e da governança colaborativa, algumas reflexões sobre a construção metodológica das duas abordagens e traçamos um roteiro de pesquisa futura sobre a governança urbana e a gestão de cidades.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas