ST 3 Os dilemas espaciais na transformação do espaço no entorno de estações de metrô: o caso da estação Corinthians-Itaquera (SP)
Yara C. L. Baiardi
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Resumo
Estações de transporte são pontos nodais fundamentais para a estruturação urbana e transformações espaciais de um dado ambiente quando entendidas como parte da política urbana que alie instrumentos urbanísticos integrados a um projeto urbano. Neste caso, a estação não é considerada apenas um “nó” - equipamento que integra diversos modos de transportes e permite ampla acessibilidade local e regional; é considerada também um “lugar” no território urbano que articula múltiplas atividades estruturadas em seu entorno gerando ampla urbanidade, um equimamento estratégico ao desenvolvimento urbano. Autores como Calthorpe (1993), Ascher (2001), Bertolini e Spit (1998), Amar (2004), Smets e Shannon (2010) reforçam o novo papel desses equipamentos de infraestrutura na paisagem da cidade contemporânea, o qual dialoga com a arquitetura, mobilidade e cidade, integra o território, reduz a marginalização e a segregação socioespacial e assim estimula novas formas de interação. Este artigo, com base nessa argumentação teórica, busca analisar as transformações espaciais no entorno da estação de metrô Corinthians-Itaquera, um importante nó da rede de transporte da metrópole de São Paulo, e identificar os desafios para tornar-se em estação nó-lugar. Enfocam-se nos dilemas espaciais de sua inserção urbana, destacando limites e desafios para o nó transformar-se em lugar. A metodologia envolve a discussão bibliográfica do tema e a produção de material iconográfico realizado a partir de pesquisas de campo e análises gráficas.