ST 7 FORMAS DE PROVISÃO DE MORADIA ALTERNATIVAS AO MODELO EMPRESARIAL: O CASO DO FÓRUM DE COOPERATIVAS HABITACIONAIS DE BENTO GONÇALVES-RS
Clarissa do Nascimento Friedrich
PROPUR-UFRGS
Resumo
A produção de moradias e o acesso, principalmente, da população de baixa renda às
mesmas são temas sensíveis e a muito discutidos no Brasil. Atualmente estima-se que o
déficit habitacional no país seja da ordem de 6 milhões de moradias. Segundo a Fundação
João Pinheiro, a composição do déficit habitacional em 2012 mostra que o componente com
maior peso é o ônus excessivo com aluguel, que responde por 2,660 milhões de unidades (ou
45,9% do déficit), seguido pela coabitação com 1,865 milhões de domicílios (ou 32,2%),
habitação precária 883 mil (ou 15,3%) e adensamento excessivo em domicílios alugados 382
mil (ou 6,6%)1. Neste contexto, o governo federal vem implementando uma política de
financiamentos habitacionais, através de um programa federal de construção de moradias,
para sanar este déficit e também com o intuito de aquecer o mercado interno da construção
civil. Tal programa foi formulado como medida anticíclica devido à crise econômica mundial
de 2008 (NAIME, 2013).