ST 2 A INGOVERNABILIDADE METROPOLITANA

  • Rosemary Compans Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro

Resumo

As manifestações populares de 2013 evidenciaram uma grande insatisfação com a qualidade de vida nas metrópoles brasileiras. A eclosão de demandas, embora difusas, incluiu aquelas que reivindicavam melhorias nos serviços públicos e nas condições de moradia, jogando luz sobre a ineficiência da gestão destes territórios. O clamor das ruas ratificou a urgência do debate sobre os limites do pacto federativo resultante da Constituição de 1988 e a lacuna deixada quanto às formas de organização do Estado nas regiões metropolitanas A prerrogativa de criação de “agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”1, estimulou os estados brasileiros a instituir novas e/ou ampliar antigas regiões metropolitanas a partir dos anos 90. Segundo o IBGE, em 2010, 47% da população residia nas 39 regiões metropolitanas (RMs) e regiões integradas de desenvolvimento econômico (RIDEs) formalmente instituídas até então. Considerando as que foram posteriormente criadas – como as de Sorocaba e Vale do Paraíba, em São Paulo -, pode-se afirmar que, muito provavelmente, a maioria da população brasileira já seja “metropolitana”, em que pese a ausência de critérios claros para tal classificação.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas