ST 1 O “NOVO RECIFE” E A REPRODUÇÃO DA METRÓPOLE MODERNA: UMA ANÁLISE DO PROJETO “NOVO RECIFE” À LUZ DA RELAÇÃO METRÓPOLE-MODERNIDADE
Alexandre Sabino do Nascimento
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Resumo
Em o “Manifesto Comunista” Marx já se debruçava sobre a modernidade e suas
vicissitudes como seu duplo movimento: “Tudo o que era sólido e estável se desmancha no ar,
tudo o que era sagrado é profanado”. Essas se tornaram máximas deste período e uma
característica própria do mesmo que é a sua ambivalência. As cidades têm passado por
transformações desde sempre, principalmente, desde o período intitulado por vários
pensadores, depois de Marx, de modernidade1 – Georg Simmel, Walter Benjamin, Marshall
Berman, Henri Lefebvre, Zygmunt Bauman, David Harvey entre outros.
Contudo nas últimas décadas temos observado que as mudanças são
demasiadamente mais intensas e cada vez mais rápidas. Sendo assim cada vez mais difíceis de
serem captadas, assimiladas e refletidas. Não é possível pensarmos no capital e suas
metamorfoses de forma desconectada da maneira como o espaço é produzido, apropriado e
dominado como mercadoria. As transformações não se dão mais somente na esfera da
produção, mas, hoje, principalmente, no âmbito do consumo e reprodução das relações de
produção. Alguns autores já falam da emergência de uma “Sociedade do Consumo” ou
“Burocrática do Consumo Dirigido” (Lefebvre, 1991; Jameson, 2006).