ST 10 As ‘fronteiras’ da governança urbano-regional: reflexões sobre proximidades, ação coletiva e aprendizagem
Mariana Galacini Bonadio
Universidade Federal do Paraná
Resumo
A partir de uma crítica a noção de espaço e planejamento como sempre já territorializados – particularmente pela lógica do Estado – que se perpetuam no Estatuto da Metrópole na institucionalização de entidades metropolitanas, o presente artigo se propõem a uma reflexão a cerca dos desafios da configuração contemporânea dos arranjos de poder para a compreensão epistemológica na gestão dos territórios. Para tratar da crescente tensão entre o espaço funcional e o espaço da legitimidade da ação, pública e coletiva, da escala urbano-regional, partimos de um olhar teórico-analítico sobre dinâmicas de proximidade e agentes em rede, em um esforço de entendê-los sob a luz dos processos de aprendizagem e da produção do conhecimento. Ao encontro de um debate sobre o planejamento pelo viés da gestão territorial, estes aportes nos permitem argumentar por uma governança como um sistema de aprendizagem complexo, pressupondo uma atitude politica relacional por meio de processos dialógicos e de uma hermenêutica diatópica, capaz de reter os múltiplos sentidos dos devires coetâneos e potencializar os imaginários sociais emancipatórios.